Palavra do Presidente

Já estamos em abril e nada de aumento! O governo continua a testar a nossa paciência, mas, por outro lado, vai ter que aturar a nossa voz.

Agora, todas as associações da classe Policial Militar estão juntas com o propósito de enfrentar essa injustiça. Por meio da Coordenadoria das Entidades Representativas dos Policiais Militares do Estado de São Paulo (CERPMESP), que agrega 17 entidades, nossa força está ainda maior e estamos conseguindo levar nossa luta às ruas e ao conhecimento da população.

Trabalhamos fielmente ao governo e nunca deixamos de atender aos seus pedidos, mas nunca fomos reconhecidos e vistos com importância à altura ao nosso ofício, então resolvemos pedir socorro. O quadro se inverte, e agora, quem pede ajuda somos nós. Nós, policiais militares, queremos mostrar à população a injustiça que sofremos, queremos mostrar a todos que temos um dos piores salários do país, uma das maiores responsabilidades do Estado e nenhum reconhecimento.

Carregamos um fardo pesado todos os dias ao sair de casa para cumprir nosso trabalha e zelar pela segurança da população, ansiando a certeza do retorno ao lar. Não é uma tarefa fácil! E muitas vezes ainda somos apontados como carrascos, principalmente pela mídia.

Precisamos divulgar a nossa reivindicação salarial e levar ao conhecimento do maior número de pessoas para nos ajudar na luta pela nossa causa. Com a vitória da PM do Distrito Federal, que realizou Operação Legalidade (antiga Operação Tartaruga) e conseguiu conquistar um pacote de melhorias para a categoria e reajuste digno este ano, outros Estados também enxergaram a necessidade de lutar mais arduamente pelos seus direitos. Basta se mexer!

Em São Paulo, nos mexemos, cutucamos e fomos chamados em reunião com o governo para definir a situação salarial e agora estamos na espera por uma decisão sobre nosso reajuste este ano, que já está atrasado. Estamos exigindo o mínimo para conseguir viver dignamente, somente 19% de aumento, mesmo já sabendo que teremos muito trabalho extra pela frente com a Copa e as eleições.

Nossa reivindicação é no mínimo justa, já que trabalhamos no Estado que mais arrecada impostos e que tem a maior população da América do Sul e, mesmo assim, recebe o 25º pior salário do Brasil, abaixo do Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina, Rondônia, Paraná e Rio Grande do Sul.

Vamos correr atrás dos nossos direitos e compensar o prejuízo. Caso nosso pedido não seja atendido e não chegarem a um acordo, teremos que nos mexer mais ainda, mas, no final, infelizmente, a população poderá ser a maior prejudicada ao iniciarmos nossa revolução. Mas somente desta forma podemos conquistar melhor qualidade de vida e proporcionar maior bem-estar às nossas famílias.

Falando em qualidade de vida e bem-estar, não podemos esquecer da nossa saúde e, por isso, convido todos a participar da nossa 15ª edição do Passeio Ciclístico “Pedalando pela saúde”, no dia 18 de maio, evento social tradicionalíssimo na capital que reúne cerca de 2 mil participantes para ajudar a incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte, lazer e saúde, ajudar o meio ambiente e ajudar a quem precisa, com a doação de alimentos. Venha pedalar com a gente! Contribua com a sua saúde e ajude quem realmente necessita. Mexa-se!

Para tudo o que quisermos conquistar, temos que nos mexer! Quer reajuste digno? Tem que se mexer! Quer mais saúde, qualidade de vida e ajudar ao próximo? Tem que se mexer!

Vamos nos mexer e conquistar nossos objetivos!

Convite Regional Santos